"Um homem que vai deixar saudades, porque marcou uma época de referência, sobretudo quando se vivem tempos conturbados no clube." As palavras de Aristides Mendes, simpatizante do Sporting, poderiam sintetizar o sentimento generalizado nas hostes de Alvalade após a notícia da morte do antigo presidente dos leões, João Rocha..O adepto de 55 anos, que contou ao DN que deixou de ser sócio durante o mandato de José Eduardo Bettencourt, recorda com particular carinho os "três campeonatos conquistados e a aposta nas modalidades" sob a liderança do antigo dirigente verde e branco, que faleceu esta sexta-feira, com 82 anos, vítima de problemas cardíacos..Maria do Carmo Teles, 62 anos, sócia do Sporting, considera que "o desporto em Portugal, não só o futebol, fica mais pobre" com o desaparecimento de João Rocha, pela "referência que sempre foi" e "pela boa gestão" que realizou..Opinião semelhante tem José Costa, 49 anos, também adepto do emblema de Alvalade, que enfatiza a "nostalgia pelos bons velhos tempos de uma gestão, desportiva e financeira, diferente da atual". "Nessa altura [1973-1986], estávamos em várias frentes, em diversas modalidades. Éramos muito ecléticos, éramos o clube do mundo com maior número de atletas olímpicos. Tudo isso são coisas que se têm vindo a perder", explicou..Já Carolina Correia, que ainda não era nascida durante o exercício de João Rocha - tem 14 anos -, recebeu com estranheza a notícia do falecimento e preferiu realçar ao DN que, ao contrário daqueles anos, falta um "presidente forte" ao Sporting, ideia partilhada por José Simão, de 79, que realçou as qualidades de um presidente que "colocou o clube onde ele devia estar sempre"..Também ouvida pelo DN foi Mónica Aleixo, de 30 anos, apoiante do clube verde e branco, que revelou ter sabido do acontecimento através da rede social Facebook. "Tenho pena, naturalmente. Era um líder diferente do que temos agora. Atualmente, acho que ser presidente do Sporting é quase um hobby. Temos uma linha elitista que não faz nada pelo clube. Precisamos de alguém que mude isso", sentenciou.